sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Palavras? Palavras? Nenhuma? Onde estão, agora que lhes preciso...?



Caros amigos seguidores e leitores casuais de meu blog,


   O momento mais feliz para aquele que escreve é o do reconhecimento de seu trabalho, de sua escrita. Vencer o 2º Concurso Literário Pague Menos - Brava Gente Brasileira, foi um passo muito importante para mim. Só em entrar para a coletânea já seria motivo de enorme felicidade, afinal, uma publicação! Mas saber que, dentre tantos belíssimos poemas (já constatei vários lendo o livro), o meu foi aquele que mais agradou ao júri é um motivo pelo qual me permito alguma vaidade neste dia e, por isso, posto o meu poema a seguir. Eu disse alguma vaidade, sim, mas sem nunca perder de vista a simplicidade da vida, da poesia, e por que não, das tantas Marias espelhadas neste poema. Salve! Ave, Ave Marias!

Ladainha - poema vencedor do 2º Concurso Literário Pague Menos, cujo tema foi BRAVA GENTE BRASILEIRA




Ave Maria
que bem cedo se levanta.
Bendita és tu entre as da feira,
bendito é o fruto - e a verdura - que lá vendes.
Santa Maria, mãe de cinco,
que nunca desiste da labuta,
ainda que a vida lhe seja dura.
Ave Maria, levanta a caixa,
tira o legume e arruma a bancada.
Ave Maria, pesa o feijão,
separa-o em quilos e ajusta a balança.
Ave Maria, empilha os fardos,
apronta o caldo e atende o menino;
o dia de hoje é tudo o que tens.
Rogai o impossível pelos teus cinco filhos,
agora e na hora de enquanto viveres.
Santa Maria! Já se vai o sol,
leva pra casa o pão do dia.
Vai bem ligeiro, que a noite é curta.
Ave Maria
que bem cedo se levanta
Bendita és tu entre as da feira
Bendito é o fruto - e a verdura - que lá vendes.
Santa Maria, mãe de cinco...