Eis
o Orfeu que desceu aos infernos,
mas
não pode trazer sua Eurídice pela mão.O amor foi-lhe tirado
como o golpe de um soco
Faltará o ar pelo resto da vida.
Os
objetos de Eurídice ainda ocupam
todos
os espaços da choupana.Roupas, brincos, lenços e perfumes.
Tocará
a lira mais dolorida
que
os campos já ouviram.Não haverá folha verde que não mingue
à voz embargada do poeta perdido.
Andará
agora como bússola sem norte,
cujo
ponteiro se perdeu dentro do próprio eixo.
E vagará, simplesmente.
Porque
não há mais caminho,
não
há mais direção,não há mais lugar,
não há mais ele próprio.
Muito bom!! Vou acompanhar, ó!
ResponderExcluirObg, Paulo Henrique.Visite-me sempre. Aproveite para ler as postagens mais antigas também :)
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